Depois de poucos minutos, três
risadas, um copo de água e um suspiro inesperado, muitas perguntas me vieram a
cabeça, e um momento onde só respostas pairavam sobre ela. Depois de alguns
sinais, nenhum arrependimento, e apenas um sentimento, de não se saber o que
sentir, me perguntei se era mesmo a gente, naquela sintonia, harmonia... nossa..
quem diria! Nem descrever o momento eu sabia. Ah, que vergonha, isso nunca
antes me ocorreu. Achei que como um bom amante, teria sobre controle as minhas
mais profundas fraquezas, mesmo diante das suas mais belas proezas, com seus
dotes, e tristezas, suas manias, agonias e desejos. Lampejos. Queria elogiar,
mas não era a hora para cortejos. Queria mesmo me intrigar, mas disso no
momento, não tinha eu conhecimento. E ai de mim, se não tivesse atento. Mas
nada disso adiantou, pois a vontade de não me apaixonar, se foi com o vento. Agora
meu coração pede alento, ao sorriso seu, que carente de “Eu” não encontro todo
o tempo. Quem dera pudesse eu, o tempo domesticar. Quem sabe em vez de fazê-lo,
eu pudesse ao menos convence-lo a parar. Me esperar, pra que um dia eu assista
um sentimento crescer, e com poucos minutos, várias gargalhadas, dois copos de água e um só suspiro, ver o dia amanhecer. Sem pressa. Sem tempo. Apenas eu e você.