sábado, 9 de novembro de 2013

Decadente

Liberte-se de todos os medos que te prendem
Se entregue a desafio de se conter
Desvende a sua mente e vasculhe os sentimentos
Enfrente tuas noites sem fumar e sem beber
Divida toda a sua culpa com o mundo que te rodeia
Grite para o mundo tudo aquilo que lhe incendeia
Levante a cabeça e trilhe um caminho incerto
Tenha certeza de que um dia tudo vai dar certo
Cante como alguém que nunca viu a luz do sol
Tenha overdose de remédios pra dormir
Sinta-se preso numa cama sem lençol
Se de o desprazer de desejar sumir
Partir
Se abrir
Cair
No chão mesmo ficar
Tenha certeza de que nunca irá melhorar
Saiba que a dor que sente tu merece
Se entregue com fé e faça suas preces
Deixe seus problemas incomodarem o quanto der
Não se sinta feio
Seja homem
Seja mulher
Olhe no espelho e sinta ódio do que vê
Queira por desejo se desfazer de outro ser
Não desperdice o que lhe dão assim de bom grado
Não se questione se um dia não for de volta amado
Não se revolte com um mundo que não tem culpa de nada
Tire o peso das costas
Você não vive um conto de fadas
Se esconda se puder
Tenha duvidas
Compre marcas
Use marcas
Use luvas
Mascaras
Abuse
Aprenda coisas novas
Ponha em pratica a educação
Não respeite quem não gosta
Trate mal o seu irmão
Prenda o ar
Prenda o coração
Não ame
Não chore
Não olhe quando alguém lhe pedir um pão
Sinta dor
Calor
Peça a Deus por compaixão
Seja ouvido
Reprimido
Não recuse um comprimido
Vá pra escola
Vá pra rua
Saia de casa
Fique nua
Doente
Carente
Plante sempre uma semente
Não importa o que tu faça
Não se entregue a desgraça
Tenha graça de estar no mundo
Sendo ou não contente
Faça esse corpo
No nesse mesmo mundo presente
Viva muito
Viva agora
Viva Sem porem
O ontem
Já foi hoje
O amanhã
Será também



Coldplay - Paradise

Passando a mão sobre os cabelos ela se lembra de quando criança, se realiza nas suas lembranças e percebe que ainda vive a infância. Agora soltando levemente os fios, quase como uma dança, ela sente vontade de correr, fugir. Então se lança. Ao vento. Ao tempo. À esperança. E inerte seu corpo fica, enquanto sua mente balança, vasculha no fundo, procura e alcança. E desses pecados. Desses sorrisos, Desesperos, Frustrações que encontra, ela transforma em alegorias, contos, mitos, canções, que servem de combustível para sua viajem. Então sem temer, os sonhos ela percorre. Sem saber como e porque, o prazer de viver ela descobre e um refúgio acaba de se criar, em sua linda infância que jamais irá findar. Ela amadureceu durante o tempo, mas se negou a crescer por dentro. Prefere se libertar do mundo e em seu paraíso habitar, mesmo que só enquanto ela puder sonhar. Pois sabe que não coisa melhor do que viver uma infância eterna. Quando se cresce o mundo fica pequeno e perde a graça. Ela sorri agora, acordando de um sonho infinito que se deu ali mesmo, no quintal de casa. 

Não adianta

E quem quer que olhe pra sua pele morena delineando a superfície de suas curvas, jamais atentará para as várias marcas de batalhas, que desobedientes, não sumiram com o tempo. Essas cicatrizes a tatuaram e a transformaram em mais uma portadora da doença que assola as pessoas que ousam amar. Ela virou um quadro. Em estado grave. No qual sua felicidade dividia relutantemente espaço com a agonia em seu peito. Qualquer um que se julgasse esperto o suficiente pra desvendar o olhar dessa que lhes encanta com um sorriso doce, contribuiria, mesmo que de leve para o crescimento pavoroso de suas feridas. Abertas e queridas por ela, pelo simples fato de faze-la se sentir humana. Ela regozija por ser abençoada a cada dia com a esperança de achar uma resposta para a sua penosa existência. Se cansa ao final de cada luta diária, pois não pode salvar o mundo, quando o mesmo se encontra inteiro dentro de si. E se perde. Educada de nascença, ela pede licença a abriga todas as dores, amores, cores, sabores, temores. Não poder ajudar lhe causam tremores e sem perceber, ela entrega seu melhor lugar aos horrores de ser especial. E novamente ela se divide. Entre os vários caminhos diferentes, tomados pelos seus sentimentos. Latentes. Dos quais a movem. A sua vida se resume a isso. A se dopar de uma imensa alegria afim de esconder o que ninguém enxerga. Se contorcer de dor por dentro, sem saber se terá um dia alivio e alento. A sua vida se resume a isso. Viver. Rezar. Amar. Chorar. Dormir. Comer. Pois o resto mesmo, ninguém pode entender.

Bem aqui

No meu peito eu abrigo um amor que nasceu da união fiel entre seu sorriso e o meu abraço. Abrigo esse amor por mim amado, de paixão munido, fortemente armado, que esquenta o meu simples coração. Amigo de infância, ele bate alegre desde criança, forte, sem atraso, em um compasso que se assemelha ao ritmo da esperança. No meu peito abrigo o querer mais querido deste mundo, querer que do seu jeito apaixonante, teu cheiro embriagante é oriundo e olha que ele viajou bastante! Atravessou mares, partiu o céus, visitou lugares e rodou um mundo. Cheio de gente, cheio de coisas. Passado. Presente. Futuro. E nunca cansou de caminhar, até em seu colo o alento perfeito encontrar. No meu peito mora a vontade de felicidade tamanha não findar. No meu peito abrigo ainda, o mais prazeroso sonho, de viver acordado contigo, e dormir velando teu sono. No meu peito ainda tem espaço, tem um lugar, um cantinho guardado, onde nele caberá, cada benção, cada momento reservado, cada linda gargalhada, cada beijo dado. Cada segundo. Cada minuto aguardado. Levo nesse peito, a batida de um coração contente. Ando de um jeito alegre, em que meus passos na sua estrada se fazem presentes, pois tenho a certeza de que caminhos diferentes, podem fazer parte do mesmo destino.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Nossa noite

Finalmente aconteceu, já não aguentava de ansiedade, colocava a mão no peito, olhava pro céu e pedia piedade. “Tendes compaixão de mim meu caro senhor, sou um jovem simples, que de grande só tem o amor” E mesmo assim parece que naquela noite meu pai não me ouvira, pois o pesar que sentia no peito que segurava, fortemente ardia e paixão assim tão boa, não viria de fonte que não fosse divina. Então me sujeitei ao medo que me banhava com o seu suor, mesmo que trazendo a esperança de com o tempo tudo ficar melhor. E realmente ficou. Mas não foi o tempo quem me curou de uma agonia tamanha, só me senti mais uma vez livre, depois que ouvi a sua voz estranha. Estranha e rouca, de uma noite de prantos. Tinha a ressaca nos olhos que choraram os litros que embriagaram os cantos, que logo se tornaram murmúrios por temer não saber pra onde aquela paixão a iria levar, mas com coragem que nunca vi ninguém ter, ela pôs o vestido florido e veio com fé no caminhar. Em minha direção, ela veio sem tardar, abrindo de leve os braços, soltando um ar preso e cansado, começou a me contar:
- Nunca me senti assim. Tão nervosa a tal ponto. Por favor me desculpe, não sei se será seu melhor encontro.
- Com isso não se atormente, tenho certeza de que não será ruim.
- É que nunca senti algo tão forte, estranho, como o amor que diz ter por mim.
- Nunca é fácil entender, eu mesmo aprendi a apenas ir levando. Não sei se existe um único porque, mas se existir, passarei com alegria o resto de minha vida procurando.
- Fico boba só de pensar, que talvez essa linda ilusão seja verdade...
- Então me abrace bem forte, e lembre-se dessa noite, pois aqui começa a eternidade.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Des-poéticos

Nós somos quem você deseja ser, já sendo. Somos o exemplo de viver vivendo. Somos os homens que amam as flores. As mulheres apaixonadas pelos ardores. Compartilhamos juntos nossas dores, amores. Sem gênero. Sem idade. Com e sem cores. Somos mais do que parecemos ser. Somos metade do que mostramos ao escrever. Ao nos escrever. Somos mais ainda quando se tem alguém pra ver. Somos as nuvens que choram no céu. Somos as virgens que rasgam o véu. Somos o calor que de longe aquece. O frio que perto muita coisa promete. Muita coisa esconde. Entre o mundo de sentimentos e você, nós somos a ponte. Somos um único ser, desprovidos do que nos impede de sonhar. Somos os dois companheiros que sempre unidos escrevem ao imaginar. Somos os três mosqueteiros que guardam o tesouro do santo saber. Os quatro fantásticos da qual por desejo quer conhecer. Os cinco dedos que tateiam o seu coração quando lê. O sexto sentido que lhe contamina com tanto prazer. Somos os 7 pecados que sobre o papel nos fazem viver. Somos as oito moedas que compram sem culpa as dores que tens. Somos os nove lugares do inferno de Dante que nos tem como refém. Nos expurgando de tudo aquilo que algo nos retém. Nos lembrando a cada momento que como divinos, mortais também podemos ser. Erros banais cometer. Lembranças singelas até esquecer. Mas sempre seremos, os Des-poéticos que tanto queres ler.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

M

O meu nervosismo é de longe interpretado como algo normal. Minha inquietação é compreendida pelo som de partida que fez a minha calma ao deixar meu corpo na companhia do desespero. Me vejo de relance no reflexo de um espelho qual reflete apenas o meu querer. Ao ver que nele não se refletia nada, deixei a lógica me contar que eu desejava não estar ali. A minha inquietação percorria uma longa maratona e mudava de direção quando minha perna tremia. Senti que muito tempo em pé a minha estrutura física não se sustentaria e desmoronar fazia parte de um futuro próximo e inevitável. Comecei a olhar pra dentro na busca de fugir do horror de não enxergar o que havia fora e me aterrorizei ao ver os sentimentos implodindo as lembranças construídas ao longo de um tempo tão precioso. Vi que mesmo sendo maravilhosamente talhadas e detalhadas elas não sobreviveram as intempéries naturais de minha natureza errônea. Meu suor se juntava com as lagrimas e espelhava o gosto amargo que o sal do meu corpo tinha e via que assim como meus olhos todo o resto também chorava. Minha dor se contorcia conforme a realidade ela distorcia e mais uma vez me senti escravo de um amor covarde e dependente de uma alegria rara. Deficiente que não enxergara nada antes de lhe conhecer. Amante novato que presenciara o teu crescer. Inútil que não se sentia forte pra lutar, sem a coragem de perder e aceitar. Imprestável que não sabia que já sabia o que teria que fazer. E pela gravidade da situação, pra abaixo do chão, sem pesar, almejava descer. E ali ficar. E quando finalmente meus joelhos desceram sem dó, me senti no dever de implorar-te o perdão. Perdão por ter que deixar-te, por ter que partir, assim, bem assim. Meio sem adeus. Meio sem fi

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Assim bem maduro

Se quiseres partir, ir embora pra onde nunca antes sonhou estar, me olhe nos olhos e me peça pra não lhe convencer a ficar. Se queres se libertar da sua liberdade, se prender apenas à sua realidade, me diga com a tua boca de que isso desejas de verdade. Diga que em verdade me diz, que nossa felicidade não mais lhe condiz, não mais lhe convém. Diga que no fundo no fundo, você não queria que eu fosse esse alguém, que presente nos seus maiores anseios, carregando o fardo do seu pesado sorriso perdido, lhe trouxe de volta na vida o verdadeiro sentido. Se queres me deixar, mesmo sabendo que continuará a me amar, por favor não faça uma cena, Não me gere o problema de ter que chorar um sentimento que não sinto, de sofrer por uma razão que não vejo. Se for pra que vá, lhe digo com calma e com amor, que não posso impedir as lembranças de te acompanharem onde quer que for, Não posso garantir que não sentirá dor, muito menos de longe ameniza-la. Mesmo te amando não poderei ampara-la. Se queres sumir, fazer dos meus mais belos pesadelos a sua mais nova moradia, lhe agradeço o apreço de partir com alegria e desejo que vá, o mais rápido que puder, não que eu esteja zangado, bravo contigo? Longe de mim mulher, é que no lugar que tu deixa vago, já tem gente querendo plantar o pé. E estou doido pra colher os frutos, você me conhece, sabe como é.

sábado, 12 de outubro de 2013

Assim

Pensamento longe, levado pelo vento, sensação gostosa onde a calma te traz alento. Deito na grama e lá mesmo fico. Assim me contento. Esperando o momento certo de deixar meu coração alçar o voo matinal, atravessando meu quintal que carinhosamente chamo de mundão. E nisso fico à espera do pouso que se aproxima, meu peito até se anima e me deleito em apreciar que as lembranças qual meu coração foi buscar, vem com um tempero diferente. Tem de longe um brilho ardente, cor vívida, cheiro atraente. Em meio a essa calmaria, o que eu tiro de sabedoria é: “Como é bom amar minha gente”. Assim, desse jeito. Simplesmente.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Lutei

Mas a fome que sinto de você sempre falou mais alto, superando o som do pranto que derramei por me sentir traído pelo seu olhar. Mesmo que a doença tenha me tirado o paladar, o gosto do beijo que ainda não lhe dei amarga a minha boca e salga o meu oceano de pensamentos. A febre hoje não me tem mais como refém, me acostumei a sentir o calor de te amar intensamente e se hoje o meu corpo não tem mais forças para resistir a esse desejo, é porque as perdi quanto corri pelo caminho do infinito na busca incansável de um abraço teu. Se hoje não vou ao teu encontro, é porque cheguei a tal ponto, de me apaixonar pela sombra do que um dia você foi em meus sonhos. Me dou o direito de viver o pesadelo com o qual me presenteaste e me entrego hoje de resto de corpo e alma, para amar o amor que um dia senti por você que não merece a minha mais seca lágrima.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Amar.Ela

Pode ter certeza, não é nenhuma lei natural, ou força sobrenatural da própria natureza. Me apaixonei por ti, por pura proeza, de sua pessoa, que é alegre com a beleza da vida, que não nega nenhuma ferida, e que chora por dentro e por fora, e acredite, só Deus sabe o quanto corri por ai afora. O quanto penei e o quanto sofri. Por quantos dias deixei de sorrir, achando que sozinho em um mundo vasto meu coração estava. Quando na verdade você na minha vida era o que faltava. Você era o que eu pedia. Secretamente em cada oração, rogando por amor e perdão, a fim de melhorar, de crescer, aprender. Me o tornar o homem que crê, ser digno de você. Ser digno de te alimentar a alma. Ser capaz de lhe afugentar a calma. De fazer o desespero tomar conta do seu corpo. De lhe apresentar a saudade como seu mais novo conforto. De te mostrar que o sofrimento que vem com o amor, que essas pontadas que tu sente de dor, são meros lembretes do que realmente importa. Por isso não quero que se desgaste, preciso de você inteira quando eu bater em sua porta.

domingo, 6 de outubro de 2013

Respira

Foi nessa tarde fria que a chuva quebrou o silencio que começou quando amanheceu esse domingo barulhento. Barulhento pra quem está de fora do silencio atordoante que é aqui dentro. Dentro de um peito que se aperta, se espreme, mas nada desperta. Dentro da mente que pensa, que cansa, mas ideia nenhuma ela alcança. Dentro do mundo próprio, criado por uma imaginação que não para, mas também não começa. E assim o dia vai passando e se termina a minha pressa. Mesmo que minha alma peça, não quero somente querer. Preciso voltar a sentir, pra depois pensar em voltar a escrever.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Show

Não sou nenhum palhaço, não sou e não é por pirraça. De vermelho só tenho as bochechas, de quando você me deixa sem graça. Não uso nenhuma peruca, embora meu cabelo seja engraçado, enroladinho assim como eu fico, quando você me confunde a cuca. Fico pensando "sera que ela é boba ou por gostar de mim ela seja maluca?". Não sou nenhum palhaço, nem tenho certa habilidade. Não me equilibro nem em minha vida, que dirá em cima de um balde, fazendo malabarismo. Divertir as pessoas? Um, não sei se isso é mesmo comigo. O que sei ao meu respeito, são apenas os pontos que tu me aponta. A timidez que eu tenho que na sua boca vira poema e a risada de menino que apronta. A minha criatividade, que você diz com facilidade, a minha enorme essência, menino "Gôido" de paciência, que finge de longe ser um valente, cabra macho que te faz rir quando fala oxente. Minhas inocentes tentativas, de cantar ao tocar as cordas que tremem menos que eu, tomado pelo nervosismo de ser amado seu. Ah como já quis ser um palhaço. Como queria andar sorrindo pra Deus e o mundo, já estou mesmo acostumado a esconder as lagrimas, só não tenho pela minha frente esse escudo. de andar maquiado, passo apertado, olhar profundo, sentir a saudade de um amor moribundo. Hoje em dia não desejo mais. Não me importo em não ser um palhaço. Aceito meu destino de viver na bagunça, na interna e eterna zona, desde que venha para o meu espetáculo e traga contigo só a nossa lona.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

É Viver

Guardo de você as lembranças mais belas de se lembrar. Protejo com vigor, as características que tu tens, na esperança de em mim mesmo te encontrar. Ouço sempre que posso, a mesma batida que um dia ouvi no teu peito. Peito que carregava, um pouco do meu simples ser. Um pouco do meu sujeito. E sujeito estou a crer, que tu ouvira de volta as batidas que tinham certamente um pouco, muito do seu jeito. Vejo todas as fotos antigas, sempre que as pessoas tentam me convencer do quanto sou incompleto. Do Quanto pareço vazio. Engulo isso indigesto. Com medo de acreditar, que um dia minha metade partira para um distante sem retorno. De como aquele adeus seria de péssimo agouro. Mas mesmo com pouca resiliência, não tenho falta de conduta relacionado a paciência, Pois guardo de você, as lembranças mais belas de se lembrar. E se caso um dia tu retorne, mesmo que para meus braços não venha, compartilharei com você o prazer que encontrei na palavra recordar.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Sendo Assim

Não me imagino um dia sequer sem que eu sinta vontade de ver o sorriso dos teus olhos ao amanhecer.

Não me permito por hipótese alguma esquecer das lembranças que tenho quando te vejo caminhar ao meu encontro.

Não suporto a dor no peito que grita saudade, em busca da atenção de um eu te amo.

Me comporto como o mais novo apaixonado, que ainda fica bobo e se derrete em pranto.

Sou o resultado de um longo tempo de trabalho, que reuniu as mais belas cores, das mais lindas flores e dos melhores cantos.


Não sou perfeito, não sou nenhum santo, não tenho muitas virgulas, não sei se tenho ponto, mas o que me faz especial, é que sou seu e pronto. 

Amarela

Meu sorriso matinal inaugurou um novo tom. Se rebelou e quebrou seu padrão em homenagem a ela. Virou pra mim e disse com calma depois do bom dia “hoje alegria é por causa dela”. Não demorei a entender de quem se tratava. Não tinha porque ser outra pessoa. Tinha que ser a moça desenvergonhada que nasceu pra mim ali, em um passado que passou apenas da meia noite. E de meia noite continuou passando, Se estendendo. Quando me dei conta, já havia um diálogo nascendo. Um diálogo que me acariciava de leve, palavras gentis que me roubavam o sono. Percebi naquele instante o quanto eu era privilegiado. A tempos sonho em conhecer alguém que assim como eu se considera abençoado, e ela sem dúvida, deve saber como é. Pra muitos amor é visto como fardo pesado, pra nós, é simples como tirar fruta do pé. A gente sofre, a gente chora, a gente tenta não sentir saudade, mas mesmo assim é prazeroso sofrer por amar de verdade. A gente ri, a gente brinca e com o coração na boca a gente escreve. Em vez de falar as palavras ele só nos diz pra que elas servem. Era disso que sentia falta. Era isso que ainda não tinha. A companhia de alguém que sabia sorrir com tamanha e alegria. Que sabre sofrer como ninguém mais faz. Que precisa do alento que só eu, o bobo apaixonado traz. E isso não sai da minha cabeça. Como alguém assim podia existir? Se a vida é uma obra de arte nossa, da minha pintura fazer. Quero a minha poder colorir. Já encontrei o tom que faltava e sei que dela variações possam vir. Não é rosa de amor, nem vermelho de paixão. Verde de uma esperança também não é, muito menos o oceano azul e sua imensidão. Hoje acordo com alegria, e pinto felicidade com a minha agora completa aquarela, que só serve pra pintar a minha vida, por causa da minha linda e nova cor amarela.

domingo, 29 de setembro de 2013

Um dia

Fico me perguntando o que teria acontecido, não é normal alguém não notar o que até eu que não a conheço tenho visto. Leio as palavras de uma voz que se cala, por não poder gritar mais alto que a distância que os separa. Distância essa que se torna espetáculo, é assistida pelos olhos tristes e chorosos de quem se consola no balançar de seus cachos. De quem se contenta em saber escrever, por não ter mais opção se não lembrar de você. Amor fugitivo, amor transparente. Esse amor virou um espelho, que enxerga o feliz, mas não reflete o contente. Quem te viu e quem te vê já até um pouco te entende, e quem é humano, divide a mesma esperança que traz a certeza, que esse sorriso do seu perfil, vai voltar em um jantar, a luz de velas, acompanhado de um doce vinho branco, coração batendo sobre a mesa, ao ouvir do seu amor “eu te amo”.

Foi depois de me sentir por muito tempo contente, que percebi que os sintomas só indicavam que eu estava doente. Doente como o cravo, mas não depois ter brigado com a rosa, era uma doença boa, doença de origem amorosa. Amor de ouro, amor dourado, não como o alecrim que nasceu no campo mesmo sem ser semeado, até porque esse amor, por muitas vezes foi regado. Banhado pelas águas que não achei no tororó, nem no sertão pra onde se mudou a sereia, mas sim pelas lagrimas de paixão da bela de quem eu roubei o coração, já que ela tinha roubado o meu também. E essa febre que me assombra, aumentando a temperatura do meu corpo quando penso que a qualquer minuto você pode por aquele caminho você pode chegar, me relembra que o que sinto por ti é forte, tão belo, que nem precisaria pedir nem manda, eu mesmo pegaria os brilhantes, eu mesmo começaria a ladrilhar.

sábado, 28 de setembro de 2013

Até hoje

A minha fome de escrita excede a necessidade do corpo, não é a carne quem perece, mas sim a alma quem sofre e rapidamente cresce, se expande, agigantando uma vontade quase que perturbante, de ser nutrida pelo alimento que sai do coração desse jovem amante. Alimento esse que Viaja pela mente, cumprimenta as lembranças, abraça a saudade e caminha com a esperança, até chegar em um mundo físico e palpável, se transformar nas mais diversas letras de um alfabeto que começa com Amor, palavra que hoje pra mim rima apenas com a dor. Dor não passageira e sim constante e companheira, de sonhos perdidos nos passos de um adeus onde o plano de fundo era o aeroporto em que meu anjo alçou voo, me deixando só a certeza de que as asas ficaram para traz como um lembrete de que a passagem era mesmo só de ida.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Malu

O que lhe falta de dente no sorriso, sobra de alegria no caminhar. Sobra de pressa nos olhos pequeninos que se alargam quando um passo em falso ela da. O que lhe falta em experiência, lhe sobra em essência, em perfume, em cheiro de lavanda, que se espalha pela casa conforme ela anda, conforme ela canta, grita as palavras que mal, mal são compreendidas, mas que são gostosas, só por serem ouvidas. O que lhe falta de destreza, lhe sobra de impaciência, fica nervosa, se irrita quando em pé ela não se sustenta, mas firme e teimosa ela tenta, se entorta, e a gente de longe só torce, as vezes ri que não se aguenta. As vezes chama a atenção dela, faz careta e com ela canta, repete sem zombar dela, sem esperança de que ela entenda. E nisso ela vai levando, um pé de cada vez, sempre se esforçando, sempre um passo para frente, bem de leve já caminhando. E como descrever esse momento? Parece que a qualquer minuto tudo se acabará com o vento. Como é frágil esse meu amor e como ele me deixa forte, olho pros cabelos dourados da mãe e só penso no quanto temos sorte, de esperar com a alegria na ponta dos dedos, que a menina encantada que transborda desejo se sinta à vontade ao chegar no destino chamado aconchego.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Simples

Sinto falta do cheiro de mulher que tinha no seu corpo de menina. Da forma infantil e ingênua em que brincava na piscina. Do jeito surreal de rir de uma piada. De me perturbar a mente com enigmas e xaradas. Sinto falta das suas pequenas mãos tentando alcançar o meu cabelo. Dos dedos que se encaixavam perfeitamente nos meus cachos, já que só você tinha o jeito, a manha. De ouvir o seu "alô" eu sinto uma falta tamanha. De atravessar ofegante todas as praças da cidade, percorrer um longo caminho pra chegar no final da tarde e assistir meu amor comendo chocolate, o mesmo que hoje em dia amarga a minha boca, tem cheiro de tristeza e é vendido com o nome de saudade.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

indubbiamente

Eu fiquei abismado quando a imagem dela me tomou o ar, na hora me peguei quase que ouvindo a voz dela dizendo “respirar não significa estar vivo” e pra falar a verdade, me senti aliviado ao saber disso. Sempre me surpreendi com as maravilhas que o destino nos apresenta, em um mundo cheio de tudo que somente aparenta, mas que nunca na verdade é, tem gente que até tenta. Sempre imaginei que a beleza verdadeira se escondia por traz dos olhos que quem vê, mas a partir de hoje defendo ferozmente que essa beleza brincalhona paira por ai, e se aloja onde bem entende, onde bem quer, onde bem lhe cabe e eu não preciso acompanhá-la pra saber que ela gosta de recostar na ondulação dos cachos dela, isso é nítido, visível. Comecei então a perceber que a beleza não gosta da solidão, de companhia tem amigos aos montes, só que eu nunca antes havia visto por onde todos eles se escondem, ou então nunca tivesse procurado, talvez até não procuraria, se a prima alegria na minha frente não tivesse saltado. Assim, como quem escolhia o melhor lugar para ficar, a alegria vasculhava entre a boca, os olhos, e nos ombros decidiu descansar, deitar eternamente no berço esplendido de uma gigantesca e descomunal pintura, feita com o mais alto esmero, auxiliada pela mão da doçura. Aquela tímida e orgulhosa do trabalho que faz, se escondendo no vasto céu sem estrelas, pra se mostrar no som da voz que ela faz, e como ela se sente bem, ao ver que não é somente ela quem ouve, até o mais acanhado desejo, que fica ali perto do queixo, se deleita nessa voz dia e noite. E como tudo foi ficando claro, ficando limpo, ficando certo, tudo se encaixava com perfeição, organizada pelo amor maestro, aquele que se sente parte de tudo, que se une com a timidez, que trabalha seguindo suas leis e que se respeita acima de tudo. Eita esse amor solidário, não nega estender a mão, se divide nas tarefas dos olhos, ouvidos e coração, ajudando o medo a se encontrar, pedindo pro nervosismo se controlar, aconselhando a raiva a se deter, fazendo tudo isso funcionar. Mas porquê? Pra que e pra quem? O que fiz eu pra merecer enxergar o mundo que do meu entendimento faz piada? Mas percebi que essa não era a questão, o que importa não é a minha compreensão, isso tudo era uma ciência exata. Firme, um cálculo sem erro, que somava as virtudes de alguém como ela. Que tinha como amizade intima as características mais belas, o defeitos mais louváveis, os sonhos mais possíveis, a vontade mais palpável, os sentimentos infinitos e os desejos mais saudáveis. É uma ciência complexa, que não expressa em números e graus o quão especial existe dentro das palavras que dela ainda não saíram, do quanto os cálculos e formas não explicam a porção de acertos que ela mesmo faz no destino, o mesmo que lhe trouxe a luz de ser uma moça que vale mais que mil palavras, mil imagens. Creio que nem os mais filósofos dos seres, o mais esperto dos prazeres e o mais sagas dos seres poderiam se quer questionar tudo isso que eu, um simples e mero mortal, do qual tem um mudo próprio, nada nada normal pude ver. Talvez tivesse sido abençoado porque as forças do universo sabem que eu nãos iria capaz de descrever. Mas ainda posso afirmar. E algo eu tenho a dizer. O amor no olhar dela é Alfa, a beleza sincera me gama, o sorriso perfeito é Betta, e seu falar mais... você se apaixona.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Matos

Se você se sente assim como eu me sinto, venha, chegue perto, mas venha prestando atenção, chegue ouvindo a batida do meu impaciente coração que acompanha o ritmo dos passos seus. Venha e se sente, ao meu lado, pode me abraçar se quiser, não nego ajudar se eu puder, só me deixe antes limpar os olhos, me certificar de que desse sonho que vivo eu não precise acordar. Depois me beije, sorria alegremente e com os olhos me lace, me prenda e então me solte novamente, só não atribua a sorte o mérito de me apaixonar por cada centímetro de você e depois não finja que não sabe o porquê de te querer, até porque perfeição nesse mundo só o teu espelho pode ver.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Amostra

Escrevi algumas palavras no ar, aquelas que somente eu enxergava. Minha mente traduzia de forma simples e clara, as mais diversas expressões que faziam parte de uma história muito mal contada. Levantei a cabeça e diante dos meus olhos vislumbrei um mundo totalmente diferente da realidade presente nos meus mais belos sonhos. Imaginei-me mais um personagem dos mais fadados contos, mitos e aliás, minto, minha imaginação já se baseava em uma certeza única, em uma solidão singular. Depositei toda minha confiança nas poucas lagrimas de uma nascente profunda, transformei o resto de outras palavras em um muro das lamentações continuas, que se estendia na imensidão de um horizonte qual eu não tinha como mais enxergar e coube apenas começar uma caminhada que se dava início em um espaço aberto e se desenrolava seguindo a direção do infinito,  o coração que batizado pelo fogo de um amor onipotente, nasceu de novo e se deu o nome de terra santa, fertilizado pela fé, fazendo assim brotar a esperança que me faria companhia e que certamente presenciaria comigo o sorriso de alegria daquela alma que sentia falta da minha.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Quando eu ligo pra Betta

O telefone dela toca em um som estridente, do qual eu de longe não consigo se quer ouvir, mas do meu lado da linha, tem um coração latente, que rompendo o silencio bate forte, bate muito, se bate e rebate um nervosismo que leva a minha assinatura, uma leve dose de ansiedade com um pequeno toque de ternura, de uma criatura que desperta ao som do alô que ela não fala. E dela não se ouve quase nada, mas como qualquer outra princesa encantada ela precisa respirar. E como ela respira, respira a medida que eu inspiro, acredito que ela seja apenas a princesa, pois o encanto ficou comigo e de fato, me encantou. De repente, mesmo eu que sempre fui bom com as palavras, percebi que elas já não me acompanhavam. Tive que catar no ar, antes mesmo respirar pra poder então dizer, tudo aquilo que hoje já está esquecido, o tão pouco que te fez sorrir e que além da respiração eu pude ouvir. Meu prêmio, ganhei minha recompensa, isso sim é bonito, o teu sorriso compensa, disfarça um nervosismo nobre e abre as asas de uma alegria sincera, de uma bondade extremamente severa, de uma princesa não mais encantada, de um bobo sem fala, não mais tão esperto, que vive lembrando daquele dialogo quieto, no qual foi dito mais do que ele esperava ouvir, e que um dia quem sabe ela também descobriria o quanto ele gosta de tudo aquilo sentir. Ela não precisa nem falar, só basta sorrir, pra ele sorrir de volta, e novamente feliz poder dormir.

sábado, 7 de setembro de 2013

Betta: A panda

Em um dia de chova qualquer, num frio que me acostumei a não sentir, percebi o quanto seria diferente, se algo me fizesse sorrir. É, exatamente, sorrir, como nunca mais havia. Sorrir com os olhos, abertos de alegria. Sorrir com a boca, que meramente se mexia, que calmamente sentia a agonia de não poder falar, pelo menos não só aquilo que lia, enquanto com os dedos eu sorria. Cheguei até a chorar, suava pela mão que usava a digitar, na esperança de cada palavra acertar, não deixar transparecer a quantidade de saudade, de “será que é verdade?” que começava a aparecer. E foi assim confuso e com um click de mágica, me vi preso em uma página a qual eu mesmo quis me acorrentar. Me vi sendo levado, por palavras que não podia escutar e mesmo assim me senti tentado, a muito além disso poder chegar. E cheguei, aliás, nós chegamos, assim como quem não quer nada, querendo tudo, sendo o velho novo bobo, cego surdo e mudo, quando se trata de pôr pra fora, aquele seu pequeno próprio mundo, que começara a dividir, com aquela estranha que te fez sorrir, e sorriu de volta, sem você nem mesmo, ver, e saber, ou sentir, mas quem uma dia diria que é mentira? Quem um dia se quer ousaria, desafiar a simplicidade que o Aigo dela tem? É uma coisa estonteante, extremamente inquietante, a maneira com que eu me senti, em apenas conversar com ela, a menina panda de vergonha amarela, que fica vermelha em um piscar de olhos. A como queria poder ver esses olhos e agradecer, por compartilhar comigo seu tempo, e por ocupar o meu, que deveria ser gasto, pensando no que aconteceu com toda aquela vontade de sorrir.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Por isso

Pra você isso pode parecer apenas um texto. Uma breve mensagem. Talvez até um pequeno poema, mas pra mim, é simplesmente a verdade. Aliás, muito mais que a verdade eu diria, diria até um pedaço de mim. Uma parte. Um pedaço. Uma extensão. Mas não creio que se atente, apenas ao parecer dessas palavras, até porque, o que conta é quem as conta. O que importa é quem as escreve, e o que elas dirão realmente, pertencerão a quem as lê somente. Em apenas pouco tempo, pude pensar em toda uma vida. Não uma vida completa, sim uma vida finita. Finita do ponto de vista, de quem não vive sozinho. Do ponto de vista de quem com alguém, sonha em não ser mais um, e sim “o” um. Por muito tempo, me questionei a respeito do que me questionar. Por muito tempo, pensei em não pensar. Pensei em não fazer. Percebi que nada sabia, já era hora então de crescer. E cresci. A passos largos. Passos distantes. Lugares comuns. Lugares intrigantes. E nessa pequena jornada, me deparei com um espelho. Talvez um espelho magico, já que nele se refletiam meus desejos. Meus sonhos. Minhas vontades, com forte fidelidade, a surpreendente realidade. Sabia que um dia, crescer não ia ser suficiente. Sabia que um dia, seria cobrado novamente. Então me deparo, com um espelho negligente. Que não mais me mostrara o reflexo dos meus desejos. E assim eu não mais enxergava, nem mesmo em um breve lampejo. Será que era a hora de achar um novo espelho? Não sei se assim foi mesmo, mas mesmo assim eu fui. Continuei em uma jornada, por algo que me trouxesse, algo que nunca a mim viesse, se não fosse pra assim ser. Teria eu que merecer, e acho que consegui. Após muitos outros passos dados, e um longo curto caminho percorrido, me encontrei novamente a frente de um espelho querido. E depois de imaginar, o que nele eu poderia ver, não via nada que algum senso, há mim, poderia fazer. E me deparei com mais um dilema, mais um desafio. Crescer não era suficiente? não pra quem com a jornada aprende. Por em pratica, era a estrade que se fazia a frente. Colocar a prova todo meu conhecimento. Fazer de mim, parte de todos os meus sentimentos. E encontrar algo firme, que não pudesse ser levado com o vento. E foi com grande alento, de muito contento, que rápido como o vento, me veio a imagem que hoje se projeta em meu espelho. Meu espelho não deixou de projetar os meus desejos, minhas vontades, e minhas alegrias. Meu espelho apenas refletia, o que em mim, verdade se fazia. Olhos cor de mel. Boca com sabor do céu. Mãos com o calor mais quente. Abraço com um carinho transparente, fazem parte da imagem carente, da mulher em que em meus espelho se faz gente. Em mente, eu nunca isso teria. Tem em meu espelho de desejos um sorriso com tanta alegria. Tem em meu espelho, o reflexo do que talvez eu mereceria, se a jornada eu continuasse, fazendo aquilo que bom a mim caberia. Depois de pensar a respeito, vivido aquilo que tenho vivido, contado as semanas que tem se passado, e me preocupando contigo. Percebo que minha jornada apenas, ganhou um novo sentindo. Ganhou um novo presente. A companhia ilustre, de um amor ardente. Crescente. E hoje remanescente, De um encontro por muito esperado, de um homem menino, jamais encontrado. Não creio que um dia acredite, se eu vier a dizer, que em mais de mil palavras, pensei aqui escrever, na esperança de por sorte ao menos uma ou duas achar, pra que com elas eu pudesse explicar, metade da incrível sensação que é, começar a amar essa mulher. Essa mulher que de fibra e garra já é cheia. Que de mulher perfeita não tem nada. Pois sua imperfeição é pura, assim com sua sinceridade rara. Amar essa mulher que me fez perceber, que é na cabeça que se começa a crescer, um sentimento de paixão exagerado, que se torna um aluno disciplinado, quando entra em contato, com quem o ensina a amar. E quem mais poderia esse caminho mostrar se não eu? Quem mais teria tal responsabilidade de decidir, onde esse sentimento todo podia cair? Pois quem mais além de mim poderia saber, como faz bem, começar a amar você. Nunca quis ser clichê, te fazer ouvir, sem nunca dizer. Nunca quis me encontrar, sofrendo, sem ter alguém por quem se mereça chorar. Mas hoje é um dia diferente. Hoje começa uma jornada novamente. Hoje sei, o que pode estar a minha frente. E o mais importante, é que sei quem o espelho reflete. De quem o espelho me lembra. Do que tenho que fazer, pra que o espelho um dia, se torne realmente você. Não quero que entenda a demora pra dizer essas coisas. Não quero que queixe aquilo que eu sinto. Não espero que nisso acredite, mas fazer o que, se esse é o destino. Fazer o que, se aprendi a viver, sendo seu, sem nem mesmo te ter. uma longa jornada, solitária e silenciosa se inicia. Talvez seja uma caminhada, de 1.000 passos. Mas assim como qualquer outra caminhada, essa começa, dando-se o primeiro deles. Em muitas maneiras em pensei em te dizer. Em muitas maneiras, eu queria lhe mostrar. Mas percebo que terei tempo, pra tudo isso realizar. Terei tempo pra te fazer perceber, que só quero poder amar você, sem em nada em troca pedir. Sem ter que em nada interferir. Apenas te ter. seja como tem que ser, seja bem vinda a minha vida. Minha grande pequena amada.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Logo


Depois de poucos minutos, três risadas, um copo de água  e um suspiro inesperado, muitas perguntas me vieram a cabeça, e um momento onde só respostas pairavam sobre ela. Depois de alguns sinais, nenhum arrependimento, e apenas um sentimento, de não se saber o que sentir, me perguntei se era mesmo a gente, naquela sintonia, harmonia... nossa.. quem diria! Nem descrever o momento eu sabia. Ah, que vergonha, isso nunca antes me ocorreu. Achei que como um bom amante, teria sobre controle as minhas mais profundas fraquezas, mesmo diante das suas mais belas proezas, com seus dotes, e tristezas, suas manias, agonias e desejos. Lampejos. Queria elogiar, mas não era a hora para cortejos. Queria mesmo me intrigar, mas disso no momento, não tinha eu conhecimento. E ai de mim, se não tivesse atento. Mas nada disso adiantou, pois a vontade de não me apaixonar, se foi com o vento. Agora meu coração pede alento, ao sorriso seu, que carente de “Eu” não encontro todo o tempo. Quem dera pudesse eu, o tempo domesticar. Quem sabe em vez de fazê-lo, eu pudesse ao menos convence-lo a parar. Me esperar, pra que um dia eu assista um sentimento crescer, e com poucos minutos, várias gargalhadas, dois copos de água e um só suspiro, ver o dia amanhecer. Sem pressa. Sem tempo. Apenas eu e você.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Mulier


Era o som da chuva que ditava o ritmo do seu caminhar. Seus passos, eram o compasso, do som que se punha a tocar. Pouco a pouco seus cabelos tomavam formas diferentes, ao enfrentar e o vento e bater de frente com o ar gelado que vinha em um sentido oposto. E as gotas da chuva, levemente banhavam e davam brilho ao seu rosto. Foi ai que vi uma forma de vida, diferente de todas das quais já tive o prazer de poder observar, e em instantes aquela forma, começara a me surpreender e minha visão, a mudar. Aprendi naquele momento, que bastava pouco pra reconhecer, que mulher a gente não acha, a gente não encontra, a gente aprende a ler. E não é fácil não. Quando a gente não sabe, a gente gagueja. Fica meio mudo em frente aquela que nos faz transpirar, que nos chama a atenção, ai nos resta ignorar, virar a cara e o coração. Muitas vezes a gente consegue aos poucos, pegar umas palavras, mas logo a interpretação de texto, vem com a nossa cara fazendo piada. É difícil compreender, a origem morfológica de cada gesto, a classe gramatical de cada qualidade. Não lembro ao certo de todos os verbos que ela me disse, nem dos substantivos que eu esqueci de gravar, mas aos poucos aprendi a ler, e em seu olhar, aprendi a interpretar. Interpretar o que era incerto, o que era de momento. A leitura nunca acaba, o que termina é o nosso tempo, a nossa vontade, o nosso desejo. Mulher é um ser infinito, um livro completamente incompleto, um livro sem começo. Ler é amor, e a leitura é amar. Quem ai nunca viu uma Mulher, com medo de barata, com unha feita, com vontade de cantar, dançar, achando que é feia. Quem ai nunca viu, uma Mulher dizer que te odeia, sorrir pra você, fugir de você. Isso é literatura comum, conhecimento que todo mundo vê e acha que lê na TV. Mulher de verdade é um clássico, aquele que você tem a certeza que só você vai saber ler. Que sô você vai querer. Mulheres são muito mais que páginas de um jornal na banca. Muito mais que revistas semanais. Mulheres são contos diários, contos vivos, não contos banais. Mulheres são folhas inteiras em branco, mas um branco que muito representa. Um branco que te dá a liberdade de escrever aquilo que sente, de desenhar o que deseja, e caso não se adeque, ou não a agrade, simplesmente, ela lê pela metade, ou vira a página, como bem sabe fazer. Mulher não é boba nem nada. Mulher tem que traduzir. Mulher se lê com um dicionário em mente, a bíblia no coração, e a fé ardente, esperança crescente, e com um sorriso alegre, se fazendo de entendedor. Para bom entendedor, meia palavra basta, mas para boa Mulher, meio entendedor é o suficiente? Será que Mulher de verdade se acha no direito de com qualquer um se sentir contente? A Mulher merece de nós a total dedicação. Nos cabe reconhecer, ajudar, muito mais que estender a mão. Se estender. Se entender. Ser entendido. A Mulher nos faz crescer, a Mulher nos faz sonhar. A Mulher nos dá a chance de uma vida começar. De pôr em pratica não só aquilo que lemos durante nossa juventude, mas o que aprendemos da vida, o que aprendemos da Mulher mãe, da Mulher amiga. O que lembramos da Mulher mãe duas vezes, da Mulher inimiga. O que vivemos com a Mulher que ensina, com a Mulher que aprende. E todas essas experiências, são marcas, crescentes, na vida daquele que deseja ser um homem, que começa a formar a família e que ao lado da Mulher esposa, passa por todos esse processo novamente. A Mulher esposa mãe briga. A Mulher esposa mãe chora. A Mulher esposa mãe se irrita. A Mulher esposa mãe se apavora. A Mulher esposa mãe é sua. É seu dever dela cuidar. E ai quando tiver tempo, quando sentir que é a hora certa, em uma noite qualquer, com a sua mente deserta, pense em você. Pense nela. A ame pela manhã. A ame de forma aberta. E se precisar aprender a ler de novo, por favor não tenha vergonha. Esse erro só podemos cometer uma vez, e garanto a você que aprender a ler de novo, dói bem menos que aprender a escrever.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Gestos

De repente me pego pensando em um futuro que a muito era incerto. Um futuro cheio de vidas, sorrisos, cheios de gestos. gestos que demonstram carinho, amor, atenção, preocupação. Gestos que dominam a mente, dominam o coração. Gestos embalados ao som de sorrisos, gargalhadas, embalados ao som dos gritos, da vontade, da magia alegre da verdade, e da pureza. Gestos infantis sobre a mesa no campo. Gestos inocentes no quarto ao lado. Gestos de descobertas perto do lago. Gesto de criança aprendendo a aprender. De repente me pego pensando, lembrando da infância, de quando era realmente uma criança, de como eu era alegre e feliz. Me pego projetando a minha própria imagem, em um plano jamais visto. Em uma posição em que os meus desejos se tornam a proteção, daquelas vidas que me trouxeram um novo sentido para dizer "Filho, papai ama você".

quarta-feira, 6 de março de 2013

Amare


Por muito tempo vaguei por sonhos que não me pertenciam. Sonhos que nunca imaginei ver, nunca imaginei sonhar. Por muito tempo caminhei por estradas incertas, segui por ruas desertas, me deparei com as curvas corretas. Por muito tempo eu tive pressa. Durante muito tempo, imaginei não imaginar, pensei em não pensar, e quis muito não querer. E só o tempo pra me vencer. Depois que o tempo vem, logo depois, que o tempo passa, a gente percebe a mudança, só não aceitamos por pirraça, mas é na marra que o tempo ajeita a gente. E a gente se ajeita. Até porque depois desse tempo, minha vida já não era a mesma. E como o tempo passou. Percebi que queria mais do que imaginava, que pensava em muito mais do que eu queria, percebi que ali o tempo me ajudara, e aprendi também o que o tempo já sabia. E porque não me disse logo, em? porque me fazer esperar? Calma pobre coitado, nem todo mundo está pronto pra amar. Sim, o amor. Amor que novamente entra em cena. Amor que por muitos é incompreendido. Amor que ao longo de tempos se encontra por vezes perdido. Amor que sente falta de ter um bom amigo. O amor realmente muda tudo. E quanto a isso, acho que todo mundo concorda, até porque não falamos de um amor singular, um amor solitário, um amor único. Mas um amor que possui várias formas. Meios, receios e saberes. Um amor que é completo, um amor imperfeito, mas conhece todos os prazeres. Por muito tempo me vi perguntando pra onde iam os sonhos que nunca sonhei. Os sonhos que em que nunca estive. Os lugares que os pés ainda não coloquei. Os lugares onde não sei se feliz eu serei. Por muito tempo me perguntei porque troquei isso, por sonhos que não me pertenciam, por razões que não me esclareciam. Por verdades que a mim não cativavam. Por muito tempo, isso se fez inútil. Por muito tempo, isso já não mais importava. Por muito tempo, o amor me trouxe resposta. Por muito tempo, por vontade, já não perguntava. O amor realmente cumpriu seu papel. O amor agiu rápido. Agiu de forma cruel. Mas o que mais posso fazer, se não a ele agradecer? Pois o amor me ensinou, que por mim primeiro tem que ser. Com o amor aprendi, que a mim mesmo preciso amar. Os meus caminhos devo trilhar. Minhas escolhas fazer. As minhas curvas tomar. Que só depende de mim crescer. E hoje graças ao amor, eu sei o que é sonhar, eu sei o que é viver. Não os sonhos que não me pertenciam, não a vida qual não merecia. Mas o sonhos que de mim, nasceram. A vida, que a mim, trouxe alegria.

Abreu.


E muito antes dos nosso destinos, nossos desejos, foram nossos olhos que primeiro se encontraram. Se encontraram de uma linda forma. Uma forma nossa. Muito antes dos nossos pensamentos ganharem forma, muito antes dos nossos sonhos criarem raízes, foram nossos corações, os primeiros a cantarem, os primeiros a ditarem o ritmo que nos faria feliz. E fez. Muito antes de saber que a amava, muito antes de saber que eu a queria, muito antes daquelas lagrimas derramadas, muito antes disso ela sorria. Ela sorria como não sorrir mais. Ela me olhava, como nunca mais vai olhar. E muito antes de estar pronta pra dizer eu te amo, ela já sabia o que era me amar, já havia experimentado da doçura, de ser a bela, a moça mais pura, de aos meus lábios tocar, em meus braços recitar, o poema de amor que só ela sabia, que só ela dizia, e que só nós dois sentimos. Só nós dois ouvimos. Só nós. Juntos. Rimos. E antes de juntos não mais estar, antes mesmo do tempo nos pregar uma peça, nos trazer pensamentos, vontades repentinas, desejos incertos, e o arrependimento das palavras ditas, dos pedidos feitos, dos desfeitos. Antes mesmo de todo esse fundo incerto. De todo esse mal correto. De todo esse eu não quero mais. Pude ver em um sorriso doce, o mais doce que já vira, pude ver uma alegria única, em uma única vez, um único instante, onde o som das minha palavras, eram insignificantes, e a felicidade em seu rosto, rasgava o papel do presente. Mas o presente maior era meu, e eu sabia que a dor maior seria. Ver o caminhar do rosto feliz, do sorriso doce e da alegria. Ao menos um pedaço de mim ela leva. Um pedaço de mim com ela ficou. Não sei se ela lembra quando pra ele olha. Não sei se importa o seu pequeno valor. Só sei que o meu presente maior, na mente está com seu lugar guardado, esperando novamente por seu sorriso ele ser rasgado, pra novamente, se tornar seu. Se tornar novamente. Se tornar Abreu.

terça-feira, 5 de março de 2013

Acordei


E foi de repente, surpreendente mesmo. Abri os olhos e já não vi a cena que tanto esperava. Abri os olhos, e logo senti a vontade de fecha-los novamente. Foi surpreendente. Me vi sendo deixado pelas palavras que tanto me acompanhavam. Me vi sendo deixado pelos sentimentos que por meus amigos se fizeram. Me vi sendo deixado pelos passos que por muito tempo ao meu lado caminharam. E por muito tempo pensei que ali ficaria. Sem palavras, sem sentimentos, sem companhia.  Mas antes de me ver perdido em um mundo em que eu mesmo criara, em um mundo onde só eu habitava e nem eu mesmo entendia, percebi que cresci aprendendo a escrever, aprendi a amar, aprendi a ler, aprendi que de todos os problemas o tempo se encarregaria, que meu trabalho, era ser o autor da minha própria alegria. Pois quem não vive seus próprios pesadelos, não sabe o que é sonhar acordado. 

segunda-feira, 4 de março de 2013

França


Logo ao ver seu caminhar ao longe, não pensei que ela poderia me surpreender. Sabe, fiquei surpreso e encantado, e não imaginava que um dia essa visão eu poderia ter. E que visão. Meus olhos se abriam levemente ao ver ela sorridente, encantar a todos com o seu olhar. Me alegrava ao ver que toda contente ela não falava, não dizia, não gritava, ela cantava. Sim, cantava bastante, jogava palavras ao vento com um ritmo inserto. Soprava as ideias com a força que as levavam adiante, sem um tempo certo. Nos cabia estar atentos, prestar atenção, e pegar no ar, cada mistura de palavras, cada conjunto de sentimentos. Nos cabia capitar em seus gestos, da sua emoção, cada fração. E em fração de segundos, me peguei aprisionado em um momento só meu. Me senti egoísta e fraco, ao ver que não podia dividir aquilo, pois via nessa bela moça, algo que antes não fazia sentido. Como fui tolo, ao achar que eu já saberia o que estava por vir. E como fui feliz, ao ver que lembranças disso sempre iria carregar. O momento em que eu cresci, no alto subi, só pra ver essa amizade brotar. E como alguns dizem, nascer, com o mais alto gesto de gratidão, com o maior carinho que poderia expressar meu coração sorridente. Alegre e contente. Ah coração, não tens ideia de como foi rápida essa descoberta. Não sabe como foi incrível cada palavra incerta, cada momento feliz. Não sabe como foi mágico descobrir que ela, coração, ela era bastante feliz. E feliz assim ela me fez. E feliz assim ela me faz. Depois de muito nos conhecer e conversar, a cada dia ainda descubro mais. Ganhei confiança, junto com alguém para confiar. Ganhei esperança, de por todos os momentos, um dia sorrir e cantar. Ganhei alegria, de saber que na vida, as surpresas nunca irão acabar. E aprendi com ela, de que França, não é só um lindo lugar.

domingo, 3 de março de 2013

É sério!


Ela é branca! Mas branca mesmo. Não branca de pálida, nem branca de medo, ela só é branca, branca de forma franca, de forma bela, a minha branca de pele amarela, que só ela consegue ser. Só ela consegue ser branca, de forma que a gente se tranca, e nem mais deseja aparecer. Branca com todas as letras, branca com todas as cores. Branca que se une com o rosa, branco e rosa que adoram amores. Amores que vem, amores que vão. Amores que ficam, e ficam um tempão. Tempo suficiente pra olhar pro céu azul e lembrar, que branca como as nuvens estavam, também era o seu olhar. Olhar de quem longe enxerga, olhar de quem tudo vê. Um olhar que só ela entende, e que te faz branco de medo, quando direcionado a você. É, um olhar poderoso, e ao mesmo tempo inofensivo, seguindo de um sorriso branco, um sorriso claro, sorriso amigo. Então nos sentimos confortados, com um abraço, como o branco algodão, sim, um abraço apertado, abraço macio, carinho entre irmãos. Primos, tios avós, todos percebem algo diferente nela, será que nela algo falta? Ou algo ainda sobra? Será que dentro ela também é branca? Como será que ela consegue? Ser linda, ser chata ser branca. Ser sempre ela. Por ela. E pra ela, todos os olhares são voltados, até porque com o branco acima dos lábios, quem não se encantaria? Quem não imagina vê-la de branco, estando ao seu lado, na casa da mais branca magia. É, um branco que faz a gente sonhar, imaginar, esquecer, e se surpreender. Um branco que de longe já gosto, já vejo. Um branco que muitos, talvez todos desejam, um branco que se esconde por trás da alegria das cores, em um mudo de horrores, em que tamanha coragem, me apavora. Onde tamanha vontade, ainda me intriga. Onde a pura verdade ela exemplifica. Ela vive o lado branco, o lado branco da vida.

Schiffer


São passos que poucos sonham em dar, em lugares que muitos sonham ir. São passos duros, difíceis de se caminhar, que levam a muito descobrir. Mais acima do desejo de algo novo experimentar, o que bate no peito é a vontade de viver. Viver para crescer. Viver para ver. Viver e sorrir. São passos firmes e objetivos, passos com suor em vários destinos, passos alegres, contentes. Passos que se vem caminhar ao longe. Passos que sussurram o nome da saudade. Passos que de casa somem aos montes. Passos que da casa se perdem pela estrada. Passos. Largos, curtos, suaves, descalços. Passos são passos e mais que isso nunca serão. Talvez meus passos não sejam aos teus olhos, o que a minha esperança vive a me dizer. Talvez os meus passos não sejam só passos, talvez sejam eu, querendo crescer. O que muda em cada passo é o chão que atrás ele deixa, mas sim o que a terra tem a dizer sobre o seu ilustre habitante. O que muda nos passos, não são as dores, nem as feridas, quanto mais o caminho que lhes é destinado. E porque se importar com os passos? Não são os passos que importam, mas sim quem os deixam. O jovem amante, de olhar radiante, que pelo mundo deseja aproveitar o sol e o calor? Ou os passos do homem que chora, que cresce na marra, e aprende com cristo, a servir com valor, em busca de um mundo, em que poucas pessoas irão dizer sim ao seu verdadeiro amor. Isso importa pra todos aqueles que sabem, que os passos que hoje deixo, não passarão de rastros de alguém que soube andar onde a terra é forte para a saudade e fértil para a vida.

sábado, 2 de março de 2013

Vestígios


O mesmo sono que agora carrega seus pensamentos é o mesmo sono que me foge ao me separar de você. É o mesmo sono que ainda abita dentro de cada alma, que sonha em sua tristeza ao menos poder dormir. O sono, que assim como o vento, que depois traz de volta os pensamentos, age sem deixar rastro, noticia. Vento esse, que como quem não quer nada, desperta no fundo a saudade, traz uma rápida felicidade, ilude com grande capacidade, e te faz sonhar e sorrir. A sono que logo acaba, corpo que desperta, lembranças apagadas, e a felicidade que me resta, se vai novamente.

Vale a pena


 Eu sei que vale a pena, pra mim vale a pena tentar, não por achar que algo mude, que mudou, ou que pode mudar, mas por saber que é bom pra mim, estar perto de ti, quando um sorriso doce da sua linda boca eu conseguir arrancar. Ficar perto de você é fácil, ficar perto de você e não dizer eu te amo é difícil, ficar perto de você e não poder te beijar é chato, mas ficar perto de você e não te amar cada vez mais é impossível, não só pela beleza, não só pela doçura, mas acho que muito vem da pureza, pureza de ser moça, de ser bela, ser inteligente, pureza de saber ser boa com a gente, de ser gentil e educada, de ser boba e atrapalhada, de ser você, e não ser eu. Um tolo apaixonado, bobo quando ao seu lado, sozinho quando longe de ti, sonhando com dia em que dizer eu te amo possa te fazer sorrir. Te fazer cantar. Te fazer viver um sonho, do qual não precise acordar.

sexta-feira, 1 de março de 2013

A menina Mulher


Indecifrável eu diria, enigmática talvez? Não... acho que isso acabaria com o ar de menina moça que ela tem. Maturidade? Hum, talvez experiência, vivencia, mas com certeza, uma menina moça de paciência. Uma menina moça crescida eu diria. Uma menina moça esperta. Uma menina moça forte, em que como uma flor desperta, desabrocha, se abre de uma forma única, se fecha como uma rosa. Rosa de pele rosada. Vermelha ao brilho do sol. Pele que sem querer se acostuma. Sim, se acostuma a ser um farol. Aquele mesmo que guia, que mostra um caminho a seguir. Um caminho bastante confuso, onde qualquer homem não escolheria seguir. Onde homem qualquer, facilmente escolheria desistir. O caminho que a menina moça ilumina, nada mais é do que um caminho seguro, na verdade nós fazemos o caminho, só que sem ela o caminho é escuro. Trilhamos com uma direção, imaginando como é chegar até lá. O ponto tão desejado, lugar por muitos sonhado, onde a menina moça está. Chegando lá bem animado, e com um sorriso belo, ser recepcionado, pelas palavras doces que a menina moça aprendeu a falar. Não demorou muito a aprender, e nem muito a mudar. A imagem que antes se fazia clara com a luz do sol, se desmanchava no vento a soprar. Era o sinal do fim. O dia já iria findar. A lua chegou sem demora, na esperança de também assistir, pois a menina moça ali não estava, assim, e menina mulher se fez surgir. Como assim de repente? E pra onde foi todo aquele encanto de menina? Pobre amigo desesperado, mal sabe ele sobre os mistérios da vida, quanto mais entender, que o encanto nunca partira, o encanto em seus olhos descansava, e por ali mesmo dormira. Seu trabalho já estava feito, e a semente plantada. Semente essa que cresceu em um solo, em que meu coração também estava. E por ali enfim pude ver, mais uma vez e menina mulher, sendo contemplada pela lua, assim, como quem não quer. Cheguei em fim a conclusão, de que meus olhos não me enganaram, que meu coração já sabia, aquilo que minha mente ainda temia, e não podia nem ao certo compreender, que o que vira ao brilho do sol, foi um sentimento a nascer. Que o quando o vento voltou, trouxe consigo a saudade, e agora o que sinto é vontade. Vontade de rever a menina moça que vi, nos olhos da menina mulher que vi surgir. Ali mesmo eu compreendia, que a partir dali minha vida mudaria, pois em situações como essa, eu aprenderia. Para que quando o dia chegasse, e a minha menina viesse junto, poderia dizer “que saudade. Saudade de tê-la aqui... junto”

E o nome dela, é Isabela?

Sorriso brilhante, corpinho sensual. Seria essa uma definição muito clichê? Talvez, muito, normal? Mas como ser normal se tratando dela? Ninguém mais ninguém menos que ela. A mistura suave e picante, com um ar de menina impaciente, ainda assim envolvente, a verdadeira “Bela e a Fera”. Começo a me perguntar se realmente uma imagem vale mais que mil palavras. E se for, quais as mais de mil que serão usadas pra descrever todo esse conto de fadas? Como poderia eu me atrever a despertar do sono da Cinderela, um olhar meu, mas que sempre foi dela? Por magica farei nascer lembranças de tão, tão distante. Um distante tão longe, quanto o pé de feijão de onde veio o gigante. E que gigante mais bagunceiro. Ainda chamam ele de saudade. Culpam o pobre coitado, sem nem ao menos saber a verdade. Coitado do gigante, preso em seus próprios pensamentos. Pensamentos que vem e que vão, como 7 anões jogados aos ventos. Talvez essas histórias ninguém nunca ouviu, e talvez nem ouvirão. Até porque imaginar uma princesa é fácil, mas e enfrentar o dragão? Alguém já tentou olha direito pra essa mocinha, enxergar direito o que ela quer dizer? Não, não ninguém tem coragem, e tal homem valente ainda está pra nascer. E esse não será um príncipe qualquer, que com nada fala, e pouco se aflige. O príncipe dela não anda a cavalo, mas é especial, e uma coisa o distingue, o príncipe dela não enxerga como os outros, e disso não faz pouco caso. O príncipe dela nem é o príncipe, talvez se pareça mais com um sapo. Um ou dois talvez, não sei ao certo dizer. Quem sabe melhor é ela, pois será por ele que o coração vai bater. E ai poderemos em paz, assistir um milagre, um coisa única e espetacular. A princesa uma dia aprisionada, um dia esquecida, terá seu espaço e ganhará vida, nas mãos e nos braços de um príncipe não muito encantado, talvez mal educado, mas com o poder que ninguém nunca teve. O poder de sentir o que ela diz, ver o que ela deseja, ouvir o que ela não precisa dizer, e ainda assim, feliz para sempre viver. Essa é história a de uma princesa que ao invés de nunca existir, só não tinha motivos pra sair do castelo lindo na qual ela vive. Esse castelo merece mais que uma princesa solitária.