Era o som da chuva que ditava o ritmo
do seu caminhar. Seus passos, eram o compasso, do som que se punha a tocar. Pouco
a pouco seus cabelos tomavam formas diferentes, ao enfrentar e o vento e bater
de frente com o ar gelado que vinha em um sentido oposto. E as gotas da chuva, levemente
banhavam e davam brilho ao seu rosto. Foi ai que vi uma forma de vida,
diferente de todas das quais já tive o prazer de poder observar, e em instantes
aquela forma, começara a me surpreender e minha visão, a mudar. Aprendi naquele
momento, que bastava pouco pra reconhecer, que mulher a gente não acha, a gente
não encontra, a gente aprende a ler. E não é fácil não. Quando a gente não
sabe, a gente gagueja. Fica meio mudo em frente aquela que nos faz transpirar,
que nos chama a atenção, ai nos resta ignorar, virar a cara e o coração. Muitas
vezes a gente consegue aos poucos, pegar umas palavras, mas logo a
interpretação de texto, vem com a nossa cara fazendo piada. É difícil
compreender, a origem morfológica de cada gesto, a classe gramatical de cada
qualidade. Não lembro ao certo de todos os verbos que ela me disse, nem dos
substantivos que eu esqueci de gravar, mas aos poucos aprendi a ler, e em seu
olhar, aprendi a interpretar. Interpretar o que era incerto, o que era de
momento. A leitura nunca acaba, o que termina é o nosso tempo, a nossa vontade,
o nosso desejo. Mulher é um ser infinito, um livro completamente incompleto, um
livro sem começo. Ler é amor, e a leitura é amar. Quem ai nunca viu uma Mulher,
com medo de barata, com unha feita, com vontade de cantar, dançar, achando que
é feia. Quem ai nunca viu, uma Mulher dizer que te odeia, sorrir pra você,
fugir de você. Isso é literatura comum, conhecimento que todo mundo vê e acha
que lê na TV. Mulher de verdade é um clássico, aquele que você tem a certeza
que só você vai saber ler. Que sô você vai querer. Mulheres são muito mais que páginas
de um jornal na banca. Muito mais que revistas semanais. Mulheres são contos
diários, contos vivos, não contos banais. Mulheres são folhas inteiras em
branco, mas um branco que muito representa. Um branco que te dá a liberdade de
escrever aquilo que sente, de desenhar o que deseja, e caso não se adeque, ou
não a agrade, simplesmente, ela lê pela metade, ou vira a página, como bem sabe
fazer. Mulher não é boba nem nada. Mulher tem que traduzir. Mulher se lê com um
dicionário em mente, a bíblia no coração, e a fé ardente, esperança crescente,
e com um sorriso alegre, se fazendo de entendedor. Para bom entendedor, meia
palavra basta, mas para boa Mulher, meio entendedor é o suficiente? Será que
Mulher de verdade se acha no direito de com qualquer um se sentir contente? A Mulher
merece de nós a total dedicação. Nos cabe reconhecer, ajudar, muito mais que
estender a mão. Se estender. Se entender. Ser entendido. A Mulher nos faz
crescer, a Mulher nos faz sonhar. A Mulher nos dá a chance de uma vida começar.
De pôr em pratica não só aquilo que lemos durante nossa juventude, mas o que
aprendemos da vida, o que aprendemos da Mulher mãe, da Mulher amiga. O que
lembramos da Mulher mãe duas vezes, da Mulher inimiga. O que vivemos com a
Mulher que ensina, com a Mulher que aprende. E todas essas experiências, são
marcas, crescentes, na vida daquele que deseja ser um homem, que começa a
formar a família e que ao lado da Mulher esposa, passa por todos esse processo novamente.
A Mulher esposa mãe briga. A Mulher esposa mãe chora. A Mulher esposa mãe se
irrita. A Mulher esposa mãe se apavora. A Mulher esposa mãe é sua. É seu dever
dela cuidar. E ai quando tiver tempo, quando sentir que é a hora certa, em uma
noite qualquer, com a sua mente deserta, pense em você. Pense nela. A ame pela
manhã. A ame de forma aberta. E se precisar aprender a ler de novo, por favor
não tenha vergonha. Esse erro só podemos cometer uma vez, e garanto a você que
aprender a ler de novo, dói bem menos que aprender a escrever.
sexta-feira, 8 de março de 2013
quinta-feira, 7 de março de 2013
Gestos
De repente me pego pensando em um futuro que a muito era incerto. Um futuro cheio de vidas, sorrisos, cheios de gestos. gestos que demonstram carinho, amor, atenção, preocupação. Gestos que dominam a mente, dominam o coração. Gestos embalados ao som de sorrisos, gargalhadas, embalados ao som dos gritos, da vontade, da magia alegre da verdade, e da pureza. Gestos infantis sobre a mesa no campo. Gestos inocentes no quarto ao lado. Gestos de descobertas perto do lago. Gesto de criança aprendendo a aprender. De repente me pego pensando, lembrando da infância, de quando era realmente uma criança, de como eu era alegre e feliz. Me pego projetando a minha própria imagem, em um plano jamais visto. Em uma posição em que os meus desejos se tornam a proteção, daquelas vidas que me trouxeram um novo sentido para dizer "Filho, papai ama você".
quarta-feira, 6 de março de 2013
Amare
Por muito tempo vaguei por sonhos
que não me pertenciam. Sonhos que nunca imaginei ver, nunca imaginei sonhar. Por
muito tempo caminhei por estradas incertas, segui por ruas desertas, me deparei
com as curvas corretas. Por muito tempo eu tive pressa. Durante muito tempo, imaginei
não imaginar, pensei em não pensar, e quis muito não querer. E só o tempo pra
me vencer. Depois que o tempo vem, logo depois, que o tempo passa, a gente
percebe a mudança, só não aceitamos por pirraça, mas é na marra que o tempo ajeita
a gente. E a gente se ajeita. Até porque depois desse tempo, minha vida já não
era a mesma. E como o tempo passou. Percebi que queria mais do que imaginava,
que pensava em muito mais do que eu queria, percebi que ali o tempo me ajudara,
e aprendi também o que o tempo já sabia. E porque não me disse logo, em? porque
me fazer esperar? Calma pobre coitado, nem todo mundo está pronto pra amar. Sim,
o amor. Amor que novamente entra em cena. Amor que por muitos é incompreendido.
Amor que ao longo de tempos se encontra por vezes perdido. Amor que sente falta
de ter um bom amigo. O amor realmente muda tudo. E quanto a isso, acho que todo
mundo concorda, até porque não falamos de um amor singular, um amor solitário,
um amor único. Mas um amor que possui várias formas. Meios, receios e saberes. Um
amor que é completo, um amor imperfeito, mas conhece todos os prazeres. Por muito
tempo me vi perguntando pra onde iam os sonhos que nunca sonhei. Os sonhos que
em que nunca estive. Os lugares que os pés ainda não coloquei. Os lugares onde
não sei se feliz eu serei. Por muito tempo me perguntei porque troquei isso,
por sonhos que não me pertenciam, por razões que não me esclareciam. Por verdades
que a mim não cativavam. Por muito tempo, isso se fez inútil. Por muito tempo,
isso já não mais importava. Por muito tempo, o amor me trouxe resposta. Por muito
tempo, por vontade, já não perguntava. O amor realmente cumpriu seu papel. O amor agiu rápido. Agiu de forma cruel. Mas o que mais posso fazer, se não a ele
agradecer? Pois o amor me ensinou, que por mim primeiro tem que ser. Com o amor
aprendi, que a mim mesmo preciso amar. Os meus caminhos devo trilhar. Minhas escolhas
fazer. As minhas curvas tomar. Que só depende de mim crescer. E hoje graças ao
amor, eu sei o que é sonhar, eu sei o que é viver. Não os sonhos que não me
pertenciam, não a vida qual não merecia. Mas o sonhos que de mim, nasceram. A vida,
que a mim, trouxe alegria.
Abreu.
E muito antes dos nosso destinos,
nossos desejos, foram nossos olhos que primeiro se encontraram. Se encontraram
de uma linda forma. Uma forma nossa. Muito antes dos nossos pensamentos
ganharem forma, muito antes dos nossos sonhos criarem raízes, foram nossos
corações, os primeiros a cantarem, os primeiros a ditarem o ritmo que nos faria
feliz. E fez. Muito antes de saber que a amava, muito antes de saber que eu a
queria, muito antes daquelas lagrimas derramadas, muito antes disso ela sorria.
Ela sorria como não sorrir mais. Ela me olhava, como nunca mais vai olhar. E muito
antes de estar pronta pra dizer eu te amo, ela já sabia o que era me amar, já havia
experimentado da doçura, de ser a bela, a moça mais pura, de aos meus lábios tocar,
em meus braços recitar, o poema de amor que só ela sabia, que só ela dizia, e
que só nós dois sentimos. Só nós dois ouvimos. Só nós. Juntos. Rimos. E antes
de juntos não mais estar, antes mesmo do tempo nos pregar uma peça, nos trazer
pensamentos, vontades repentinas, desejos incertos, e o arrependimento das
palavras ditas, dos pedidos feitos, dos desfeitos. Antes mesmo de todo esse
fundo incerto. De todo esse mal correto. De todo esse eu não quero mais. Pude ver
em um sorriso doce, o mais doce que já vira, pude ver uma alegria única, em uma
única vez, um único instante, onde o som das minha palavras, eram
insignificantes, e a felicidade em seu rosto, rasgava o papel do presente. Mas o
presente maior era meu, e eu sabia que a dor maior seria. Ver o caminhar do
rosto feliz, do sorriso doce e da alegria. Ao menos um pedaço de mim ela leva. Um
pedaço de mim com ela ficou. Não sei se ela lembra quando pra ele olha. Não sei
se importa o seu pequeno valor. Só sei que o meu presente maior, na mente está
com seu lugar guardado, esperando novamente por seu sorriso ele ser rasgado,
pra novamente, se tornar seu. Se tornar novamente. Se tornar Abreu.
terça-feira, 5 de março de 2013
Acordei
E foi de repente, surpreendente
mesmo. Abri os olhos e já não vi a cena que tanto esperava. Abri os olhos, e
logo senti a vontade de fecha-los novamente. Foi surpreendente. Me vi sendo
deixado pelas palavras que tanto me acompanhavam. Me vi sendo deixado pelos
sentimentos que por meus amigos se fizeram. Me vi sendo deixado pelos passos
que por muito tempo ao meu lado caminharam. E por muito tempo pensei que ali
ficaria. Sem palavras, sem sentimentos, sem companhia. Mas antes de me ver perdido em um mundo em que
eu mesmo criara, em um mundo onde só eu habitava e nem eu mesmo entendia,
percebi que cresci aprendendo a escrever, aprendi a amar, aprendi a ler,
aprendi que de todos os problemas o tempo se encarregaria, que meu trabalho,
era ser o autor da minha própria alegria. Pois quem não vive seus próprios
pesadelos, não sabe o que é sonhar acordado.
segunda-feira, 4 de março de 2013
França
Logo ao ver seu caminhar ao longe, não pensei que ela
poderia me surpreender. Sabe, fiquei surpreso e encantado, e não imaginava que
um dia essa visão eu poderia ter. E que visão. Meus olhos se abriam levemente
ao ver ela sorridente, encantar a todos com o seu olhar. Me alegrava ao ver que
toda contente ela não falava, não dizia, não gritava, ela cantava. Sim, cantava
bastante, jogava palavras ao vento com um ritmo inserto. Soprava as ideias com
a força que as levavam adiante, sem um tempo certo. Nos cabia estar atentos,
prestar atenção, e pegar no ar, cada mistura de palavras, cada conjunto de
sentimentos. Nos cabia capitar em seus gestos, da sua emoção, cada fração. E em
fração de segundos, me peguei aprisionado em um momento só meu. Me senti egoísta
e fraco, ao ver que não podia dividir aquilo, pois via nessa bela moça, algo
que antes não fazia sentido. Como fui tolo, ao achar que eu já saberia o que
estava por vir. E como fui feliz, ao ver que lembranças disso sempre iria
carregar. O momento em que eu cresci, no alto subi, só pra ver essa amizade
brotar. E como alguns dizem, nascer, com o mais alto gesto de gratidão, com o
maior carinho que poderia expressar meu coração sorridente. Alegre e contente. Ah
coração, não tens ideia de como foi rápida essa descoberta. Não sabe como foi incrível
cada palavra incerta, cada momento feliz. Não sabe como foi mágico descobrir
que ela, coração, ela era bastante feliz. E feliz assim ela me fez. E feliz
assim ela me faz. Depois de muito nos conhecer e conversar, a cada dia ainda
descubro mais. Ganhei confiança, junto com alguém para confiar. Ganhei esperança,
de por todos os momentos, um dia sorrir e cantar. Ganhei alegria, de saber que
na vida, as surpresas nunca irão acabar. E aprendi com ela, de que França, não
é só um lindo lugar.
domingo, 3 de março de 2013
É sério!
Ela é branca! Mas branca mesmo. Não branca de pálida, nem
branca de medo, ela só é branca, branca de forma franca, de forma bela, a minha
branca de pele amarela, que só ela consegue ser. Só ela consegue ser branca, de
forma que a gente se tranca, e nem mais deseja aparecer. Branca com todas as letras,
branca com todas as cores. Branca que se une com o rosa, branco e rosa que
adoram amores. Amores que vem, amores que vão. Amores que ficam, e ficam um
tempão. Tempo suficiente pra olhar pro céu azul e lembrar, que branca como as
nuvens estavam, também era o seu olhar. Olhar de quem longe enxerga, olhar de
quem tudo vê. Um olhar que só ela entende, e que te faz branco de medo, quando
direcionado a você. É, um olhar poderoso, e ao mesmo tempo inofensivo, seguindo
de um sorriso branco, um sorriso claro, sorriso amigo. Então nos sentimos
confortados, com um abraço, como o branco algodão, sim, um abraço apertado,
abraço macio, carinho entre irmãos. Primos, tios avós, todos percebem algo diferente
nela, será que nela algo falta? Ou algo ainda sobra? Será que dentro ela também
é branca? Como será que ela consegue? Ser linda, ser chata ser branca. Ser sempre
ela. Por ela. E pra ela, todos os olhares são voltados, até porque com o branco
acima dos lábios, quem não se encantaria? Quem não imagina vê-la de branco,
estando ao seu lado, na casa da mais branca magia. É, um branco que faz a gente
sonhar, imaginar, esquecer, e se surpreender. Um branco que de longe já gosto,
já vejo. Um branco que muitos, talvez todos desejam, um branco que se esconde
por trás da alegria das cores, em um mudo de horrores, em que tamanha coragem,
me apavora. Onde tamanha vontade, ainda me intriga. Onde a pura verdade ela
exemplifica. Ela vive o lado branco, o lado branco da vida.
Schiffer
São passos que poucos sonham em
dar, em lugares que muitos sonham ir. São passos duros, difíceis de se caminhar,
que levam a muito descobrir. Mais acima do desejo de algo novo experimentar, o
que bate no peito é a vontade de viver. Viver para crescer. Viver para ver.
Viver e sorrir. São passos firmes e objetivos, passos com suor em vários
destinos, passos alegres, contentes. Passos que se vem caminhar ao longe.
Passos que sussurram o nome da saudade. Passos que de casa somem aos montes.
Passos que da casa se perdem pela estrada. Passos. Largos, curtos, suaves,
descalços. Passos são passos e mais que isso nunca serão. Talvez meus passos
não sejam aos teus olhos, o que a minha esperança vive a me dizer. Talvez os
meus passos não sejam só passos, talvez sejam eu, querendo crescer. O que muda
em cada passo é o chão que atrás ele deixa, mas sim o que a terra tem a dizer
sobre o seu ilustre habitante. O que muda nos passos, não são as dores, nem as
feridas, quanto mais o caminho que lhes é destinado. E porque se importar com
os passos? Não são os passos que importam, mas sim quem os deixam. O jovem
amante, de olhar radiante, que pelo mundo deseja aproveitar o sol e o calor? Ou
os passos do homem que chora, que cresce na marra, e aprende com cristo, a
servir com valor, em busca de um mundo, em que poucas pessoas irão dizer sim ao
seu verdadeiro amor. Isso importa pra todos aqueles que sabem, que os passos
que hoje deixo, não passarão de rastros de alguém que soube andar onde a terra
é forte para a saudade e fértil para a vida.
sábado, 2 de março de 2013
Vestígios
O mesmo sono que agora carrega
seus pensamentos é o mesmo sono que me foge ao me separar de você. É o mesmo
sono que ainda abita dentro de cada alma, que sonha em sua tristeza ao menos
poder dormir. O sono, que assim como o vento, que depois traz de volta os
pensamentos, age sem deixar rastro, noticia. Vento esse, que como quem não quer
nada, desperta no fundo a saudade, traz uma rápida felicidade, ilude com grande
capacidade, e te faz sonhar e sorrir. A sono que logo acaba, corpo que
desperta, lembranças apagadas, e a felicidade que me resta, se vai novamente.
Vale a pena
Eu sei que vale a pena, pra
mim vale a pena tentar, não por achar que algo mude, que mudou, ou que pode
mudar, mas por saber que é bom pra mim, estar perto de ti, quando um sorriso
doce da sua linda boca eu conseguir arrancar. Ficar perto de você é fácil,
ficar perto de você e não dizer eu te amo é difícil, ficar perto de você e não
poder te beijar é chato, mas ficar perto de você e não te amar cada vez mais é
impossível, não só pela beleza, não só pela doçura, mas acho que muito vem da
pureza, pureza de ser moça, de ser bela, ser inteligente, pureza de saber ser
boa com a gente, de ser gentil e educada, de ser boba e atrapalhada, de ser
você, e não ser eu. Um tolo apaixonado, bobo quando ao seu lado, sozinho quando
longe de ti, sonhando com dia em que dizer eu te amo possa te fazer sorrir. Te fazer
cantar. Te fazer viver um sonho, do qual não precise acordar.
sexta-feira, 1 de março de 2013
A menina Mulher
Indecifrável eu diria, enigmática
talvez? Não... acho que isso acabaria com o ar de menina moça que ela tem.
Maturidade? Hum, talvez experiência, vivencia, mas com certeza, uma menina moça
de paciência. Uma menina moça crescida eu diria. Uma menina moça esperta. Uma
menina moça forte, em que como uma flor desperta, desabrocha, se abre de uma
forma única, se fecha como uma rosa. Rosa de pele rosada. Vermelha ao brilho do
sol. Pele que sem querer se acostuma. Sim, se acostuma a ser um farol. Aquele
mesmo que guia, que mostra um caminho a seguir. Um caminho bastante confuso,
onde qualquer homem não escolheria seguir. Onde homem qualquer, facilmente
escolheria desistir. O caminho que a menina moça ilumina, nada mais é do que um
caminho seguro, na verdade nós fazemos o caminho, só que sem ela o caminho é
escuro. Trilhamos com uma direção, imaginando como é chegar até lá. O ponto tão
desejado, lugar por muitos sonhado, onde a menina moça está. Chegando lá bem
animado, e com um sorriso belo, ser recepcionado, pelas palavras doces que a
menina moça aprendeu a falar. Não demorou muito a aprender, e nem muito a
mudar. A imagem que antes se fazia clara com a luz do sol, se desmanchava no
vento a soprar. Era o sinal do fim. O dia já iria findar. A lua chegou sem
demora, na esperança de também assistir, pois a menina moça ali não estava,
assim, e menina mulher se fez surgir. Como assim de repente? E pra onde foi
todo aquele encanto de menina? Pobre amigo desesperado, mal sabe ele sobre os
mistérios da vida, quanto mais entender, que o encanto nunca partira, o encanto
em seus olhos descansava, e por ali mesmo dormira. Seu trabalho já estava
feito, e a semente plantada. Semente essa que cresceu em um solo, em que meu
coração também estava. E por ali enfim pude ver, mais uma vez e menina mulher,
sendo contemplada pela lua, assim, como quem não quer. Cheguei em fim a
conclusão, de que meus olhos não me enganaram, que meu coração já sabia, aquilo
que minha mente ainda temia, e não podia nem ao certo compreender, que o que
vira ao brilho do sol, foi um sentimento a nascer. Que o quando o vento voltou,
trouxe consigo a saudade, e agora o que sinto é vontade. Vontade de rever a
menina moça que vi, nos olhos da menina mulher que vi surgir. Ali mesmo eu compreendia,
que a partir dali minha vida mudaria, pois em situações como essa, eu
aprenderia. Para que quando o dia chegasse, e a minha menina viesse junto,
poderia dizer “que saudade. Saudade de tê-la aqui... junto”
E o nome dela, é Isabela?
Sorriso brilhante, corpinho sensual. Seria essa uma definição muito clichê? Talvez, muito, normal? Mas como ser normal se tratando dela? Ninguém mais ninguém menos que ela. A mistura suave e picante, com um ar de menina impaciente, ainda assim envolvente, a verdadeira “Bela e a Fera”. Começo a me perguntar se realmente uma imagem vale mais que mil palavras. E se for, quais as mais de mil que serão usadas pra descrever todo esse conto de fadas? Como poderia eu me atrever a despertar do sono da Cinderela, um olhar meu, mas que sempre foi dela? Por magica farei nascer lembranças de tão, tão distante. Um distante tão longe, quanto o pé de feijão de onde veio o gigante. E que gigante mais bagunceiro. Ainda chamam ele de saudade. Culpam o pobre coitado, sem nem ao menos saber a verdade. Coitado do gigante, preso em seus próprios pensamentos. Pensamentos que vem e que vão, como 7 anões jogados aos ventos. Talvez essas histórias ninguém nunca ouviu, e talvez nem ouvirão. Até porque imaginar uma princesa é fácil, mas e enfrentar o dragão? Alguém já tentou olha direito pra essa mocinha, enxergar direito o que ela quer dizer? Não, não ninguém tem coragem, e tal homem valente ainda está pra nascer. E esse não será um príncipe qualquer, que com nada fala, e pouco se aflige. O príncipe dela não anda a cavalo, mas é especial, e uma coisa o distingue, o príncipe dela não enxerga como os outros, e disso não faz pouco caso. O príncipe dela nem é o príncipe, talvez se pareça mais com um sapo. Um ou dois talvez, não sei ao certo dizer. Quem sabe melhor é ela, pois será por ele que o coração vai bater. E ai poderemos em paz, assistir um milagre, um coisa única e espetacular. A princesa uma dia aprisionada, um dia esquecida, terá seu espaço e ganhará vida, nas mãos e nos braços de um príncipe não muito encantado, talvez mal educado, mas com o poder que ninguém nunca teve. O poder de sentir o que ela diz, ver o que ela deseja, ouvir o que ela não precisa dizer, e ainda assim, feliz para sempre viver. Essa é história a de uma princesa que ao invés de nunca existir, só não tinha motivos pra sair do castelo lindo na qual ela vive. Esse castelo merece mais que uma princesa solitária.
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