quarta-feira, 25 de setembro de 2013

indubbiamente

Eu fiquei abismado quando a imagem dela me tomou o ar, na hora me peguei quase que ouvindo a voz dela dizendo “respirar não significa estar vivo” e pra falar a verdade, me senti aliviado ao saber disso. Sempre me surpreendi com as maravilhas que o destino nos apresenta, em um mundo cheio de tudo que somente aparenta, mas que nunca na verdade é, tem gente que até tenta. Sempre imaginei que a beleza verdadeira se escondia por traz dos olhos que quem vê, mas a partir de hoje defendo ferozmente que essa beleza brincalhona paira por ai, e se aloja onde bem entende, onde bem quer, onde bem lhe cabe e eu não preciso acompanhá-la pra saber que ela gosta de recostar na ondulação dos cachos dela, isso é nítido, visível. Comecei então a perceber que a beleza não gosta da solidão, de companhia tem amigos aos montes, só que eu nunca antes havia visto por onde todos eles se escondem, ou então nunca tivesse procurado, talvez até não procuraria, se a prima alegria na minha frente não tivesse saltado. Assim, como quem escolhia o melhor lugar para ficar, a alegria vasculhava entre a boca, os olhos, e nos ombros decidiu descansar, deitar eternamente no berço esplendido de uma gigantesca e descomunal pintura, feita com o mais alto esmero, auxiliada pela mão da doçura. Aquela tímida e orgulhosa do trabalho que faz, se escondendo no vasto céu sem estrelas, pra se mostrar no som da voz que ela faz, e como ela se sente bem, ao ver que não é somente ela quem ouve, até o mais acanhado desejo, que fica ali perto do queixo, se deleita nessa voz dia e noite. E como tudo foi ficando claro, ficando limpo, ficando certo, tudo se encaixava com perfeição, organizada pelo amor maestro, aquele que se sente parte de tudo, que se une com a timidez, que trabalha seguindo suas leis e que se respeita acima de tudo. Eita esse amor solidário, não nega estender a mão, se divide nas tarefas dos olhos, ouvidos e coração, ajudando o medo a se encontrar, pedindo pro nervosismo se controlar, aconselhando a raiva a se deter, fazendo tudo isso funcionar. Mas porquê? Pra que e pra quem? O que fiz eu pra merecer enxergar o mundo que do meu entendimento faz piada? Mas percebi que essa não era a questão, o que importa não é a minha compreensão, isso tudo era uma ciência exata. Firme, um cálculo sem erro, que somava as virtudes de alguém como ela. Que tinha como amizade intima as características mais belas, o defeitos mais louváveis, os sonhos mais possíveis, a vontade mais palpável, os sentimentos infinitos e os desejos mais saudáveis. É uma ciência complexa, que não expressa em números e graus o quão especial existe dentro das palavras que dela ainda não saíram, do quanto os cálculos e formas não explicam a porção de acertos que ela mesmo faz no destino, o mesmo que lhe trouxe a luz de ser uma moça que vale mais que mil palavras, mil imagens. Creio que nem os mais filósofos dos seres, o mais esperto dos prazeres e o mais sagas dos seres poderiam se quer questionar tudo isso que eu, um simples e mero mortal, do qual tem um mudo próprio, nada nada normal pude ver. Talvez tivesse sido abençoado porque as forças do universo sabem que eu nãos iria capaz de descrever. Mas ainda posso afirmar. E algo eu tenho a dizer. O amor no olhar dela é Alfa, a beleza sincera me gama, o sorriso perfeito é Betta, e seu falar mais... você se apaixona.

Nenhum comentário:

Postar um comentário