domingo, 3 de março de 2013

Schiffer


São passos que poucos sonham em dar, em lugares que muitos sonham ir. São passos duros, difíceis de se caminhar, que levam a muito descobrir. Mais acima do desejo de algo novo experimentar, o que bate no peito é a vontade de viver. Viver para crescer. Viver para ver. Viver e sorrir. São passos firmes e objetivos, passos com suor em vários destinos, passos alegres, contentes. Passos que se vem caminhar ao longe. Passos que sussurram o nome da saudade. Passos que de casa somem aos montes. Passos que da casa se perdem pela estrada. Passos. Largos, curtos, suaves, descalços. Passos são passos e mais que isso nunca serão. Talvez meus passos não sejam aos teus olhos, o que a minha esperança vive a me dizer. Talvez os meus passos não sejam só passos, talvez sejam eu, querendo crescer. O que muda em cada passo é o chão que atrás ele deixa, mas sim o que a terra tem a dizer sobre o seu ilustre habitante. O que muda nos passos, não são as dores, nem as feridas, quanto mais o caminho que lhes é destinado. E porque se importar com os passos? Não são os passos que importam, mas sim quem os deixam. O jovem amante, de olhar radiante, que pelo mundo deseja aproveitar o sol e o calor? Ou os passos do homem que chora, que cresce na marra, e aprende com cristo, a servir com valor, em busca de um mundo, em que poucas pessoas irão dizer sim ao seu verdadeiro amor. Isso importa pra todos aqueles que sabem, que os passos que hoje deixo, não passarão de rastros de alguém que soube andar onde a terra é forte para a saudade e fértil para a vida.

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