domingo, 3 de março de 2013

É sério!


Ela é branca! Mas branca mesmo. Não branca de pálida, nem branca de medo, ela só é branca, branca de forma franca, de forma bela, a minha branca de pele amarela, que só ela consegue ser. Só ela consegue ser branca, de forma que a gente se tranca, e nem mais deseja aparecer. Branca com todas as letras, branca com todas as cores. Branca que se une com o rosa, branco e rosa que adoram amores. Amores que vem, amores que vão. Amores que ficam, e ficam um tempão. Tempo suficiente pra olhar pro céu azul e lembrar, que branca como as nuvens estavam, também era o seu olhar. Olhar de quem longe enxerga, olhar de quem tudo vê. Um olhar que só ela entende, e que te faz branco de medo, quando direcionado a você. É, um olhar poderoso, e ao mesmo tempo inofensivo, seguindo de um sorriso branco, um sorriso claro, sorriso amigo. Então nos sentimos confortados, com um abraço, como o branco algodão, sim, um abraço apertado, abraço macio, carinho entre irmãos. Primos, tios avós, todos percebem algo diferente nela, será que nela algo falta? Ou algo ainda sobra? Será que dentro ela também é branca? Como será que ela consegue? Ser linda, ser chata ser branca. Ser sempre ela. Por ela. E pra ela, todos os olhares são voltados, até porque com o branco acima dos lábios, quem não se encantaria? Quem não imagina vê-la de branco, estando ao seu lado, na casa da mais branca magia. É, um branco que faz a gente sonhar, imaginar, esquecer, e se surpreender. Um branco que de longe já gosto, já vejo. Um branco que muitos, talvez todos desejam, um branco que se esconde por trás da alegria das cores, em um mudo de horrores, em que tamanha coragem, me apavora. Onde tamanha vontade, ainda me intriga. Onde a pura verdade ela exemplifica. Ela vive o lado branco, o lado branco da vida.

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